Priorizar a alimentação infantil permite criar gerações mais saudáveis

Nutricionista Joana Azenha

A diversificação alimentar corresponde ao período em que o bebé deixa de beber apenas leite materno ou fórmula, e é introduzido a alimentos diversificados e de forma complementar ao leite materno ou fórmula.

Esta etapa é um marco muito importante no desenvolvimento do bebé e parece ter um papel preponderante no adulto em que se vai tornar.
Esta etapa vai ditar, em parte, a relação do bebé com a comida daí para a frente.

Investigadores destacam o início da vida como o momento ideal para moldar a predisposição genética das crianças quanto ao apetite. Até porque, mais tarde, com o aumento da autonomia da criança, a genética vai ganhando um peso maior e o ambiente envolvente um peso menor, sendo mais difícil alterar comportamentos alimentares pouco adequados.

Para uma introdução alimentar de sucesso devemos começar desde cedo a introduzir alimentos diversificados e o mais naturais possíveis, como vegetais, frutas, cereais integrais, leguminosas e proteínas, não enviesando o gosto dos nossos filhos pelos nossos gostos. Os comportamentos alimentares das crianças podem ser influenciados pela genética, mas o ambiente em que se inserem pode moldar a sua predisposição. Assim, mesmo que uma criança tenha uma maior predisposição genética para ingerir mais alimentos em resposta a estados emocionais negativos ou para comer em excesso, se o ambiente em seu redor for promotor de uma alimentação saudável, ela pode vir a ter um peso adequado. Aumentar a disponibilidade de alimentos saudáveis em casa, e utilizar estratégias como a exposição constante de fruta e produtos hortícolas, poderá, por exemplo, ajudar a criança a ser menos seletiva quanto ao que come. O consumo deste grupo de alimentos é um dos indicadores mais utilizados em todo o mundo para avaliar a qualidade da alimentação. A Organização Mundial da Saúde recomenda um consumo igual ou superior a 400 g/dia, o equivalente a 5 ou mais porções diárias.

Para além de garantir a ingestão de uma dieta saudável, é importante que as práticas parentais promovam a autorregulação alimentar da criança, isto é, que a criança aprenda a regular a sua ingestão alimentar em resposta às pistas internas de fome ou saciedade e não a comer em resposta às suas emoções negativas, para criar hábitos alimentares saudáveis e evitar  um aumento de peso excessivo ou obesidade.

Em suma, uma intervenção precoce e que envolva toda a família é valiosa para o bem-estar e sucesso da intervenção na criança. Como nutricionistas, é nosso dever incentivar e apoiar o envolvimento de toda a família, procurando auxiliar na literacia e capacitação no âmbito dos cuidados a ter com a nossa saúde.

PROREAB e o Outubro Rosa

O movimento conhecido por “Outubro Rosa” (Pink October) nasceu nos Estados Unidos da América, na década de 90 do século passado, com o intuito de inspirar a mudança e mobilizar a sociedade para a luta contra o cancro da mama. Desde então, por todo o mundo, a cor rosa é utilizada para homenagear as mulheres com cancro da mama, sensibilizar para a prevenção e diagnóstico precoce e apoiar a investigação nesta área.

O Cancro da Mama

O cancro da mama é um relevante problema de saúde pública. Segundo os dados estatísticos mais recentes (Globocan, 2021),o cancro da mama é o mais frequente (prevalente) em Portugal e em todo o mundo.

Em 2020, no nosso país, estima-se que 7000 mulheres tenham sido diagnosticadas com cancro da mama e 1800 tenham morrido com esta doença. Apesar de ser o tipo de cancro mais incidente na mulher (com maior número de casos), cerca de 1 em cada 100 cancros da mama desenvolvem-se no homem.

Não são conhecidas as causas exatas do cancro da mama. No entanto, foram identificados alguns fatores de risco que importa conhecer:

  • O maior fator de risco para o cancro da mama é a idade (80% de todos os tipos de cancro da mama ocorre em mulheres com mais de 50 anos);
  • Uma mulher que já tenha tido cancro numa das mamas tem maior risco de ter esta doença na outra;
  • As alterações em determinados genes, transmitidas pelos pais, estão na origem de cerca de 5% a 10% dos casos de cancro da mama;
  • O excesso de peso aumenta o risco de desenvolvimento de cancro da mama;
  • O consumo de tabaco ou de álcool de forma excessiva estão associados ao desenvolvimento de vários cancros, incluindo o da mama;
  • A primeira menstruação em idade precoce (antes dos 12 anos) e uma menopausa tardia (após os 55 anos) são fatores de risco para o cancro da mama.​

Se diagnosticado e tratado precocemente, o cancro da mama tem uma taxa de cura superior a 90%. A prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais para o aumento da sobrevivência e manutenção da qualidade de vida da mulher.

(texto retirado da página oficial Liga Portuguesa Contra o Cancro –  https://www.ligacontracancro.pt/outubrorosa/)

Fisioterapia

A fisioterapia nos pacientes oncológicos promove ações de prevenção, diagnóstico, recuperação e reabilitação durante todas as fases do tratamento, por meio da utilização de diversas técnicas, recursos e condutas terapêuticas.



Abordagem à cicatriz

Após cirurgia à mama é importante que ocorra uma intervenção ao nível da cicatriz. A intervenção por parte de um fisioterapeuta pode auxiliar na redução e prevenção da retração dos tecidos, do prurido e/ou edema e da dor.

Pode também apresentar um papel importante na normalização de alterações de sensibilidade e na restauração da elasticidade tecidual permitindo um normal funcionamento dos tecidos envolvidos.



Fisioterapeuta Cátia Ferreira

 

O trabalho da cicatriz não deve ser negligenciado ou simplesmente reduzido à sua hidratação.

Ficam por isso algumas dicas:

1. Pressione suavemente a cicatriz e faça círculos (não deve friccionar a cicatriz, mas arrastar a pele com os dedos)

2. Proceda da mesma forma de cima para baixo e de baixo para cima.

3.Continue da esquerda para a direita e da direita para a esquerda

Faça os seguintes movimentos cerca de 10 vezes cada. A massagem deve ser lenta e suave.

Drenagem linfática manual


Uma vez que estes pacientes apresentam uma alta incidência de edemas, linfedemas, trombose venosa profunda e outras alterações, como a síndrome da rede axilar, dor e complicações da ferida operatória.

A terapia manual tem vindo a ser amplamente utilizada, principalmente por meio da drenagem linfática manual (DLM).

Fisioterapeuta Bruna Almeida


A Drenagem Linfática Manual é uma técnica que procura reduzir a estase de linfa e de substâncias tóxicas e direcioná-las para vasos e nódulos linfáticos.

Trata-se de uma manipulação suave que procura ajudar o organismo a manter uma boa circulação e equilíbrio dos fluidos. A mesma consiste em movimentos suaves, precisos e ritmados, que combinam forças de pressão e descompressão do sistema linfático.


Fisioterapeuta Emanuel
Exercícios posturais e funcionais

A pessoa mastectomizada, pode apresentar diversas alterações a nível muscular e articular decorrente da cirurgia e dos tratamentos. Estas alterações podem se refletir na diminuição de amplitude de movimento, da força muscular e diminuição da funcionalidade do próprio membro superior. Neste sentido, de forma a recuperar a funcionalidade do braço, é de extrema importância o acompanhamento especializado, por um Fisioterapeuta, que irá desenvolver um plano de diversos exercícios específicos para restabelecer a mobilidade, força e flexibilidade da musculatura envolvente da região afetada.

 

Psicologia


Impacto psicológico do cancro da mama

As etapas de diagnóstico e tratamentos, e até a sobrevivência face ao cancro da mama, são unanimemente reconhecidas como momentos de marcado sofrimento psicológico. Isto deve-se ao facto de existirem um conjunto de problemáticas que resultam em novos desafios de natureza biológica, psicológica, profissional e social, à paciente e seus familiares.

 

Psicóloga Mariana Correia


Esta condição pode fazer com que os pacientes se sintam mais vulneráveis e desprotegidos face ao presente e ao futuro que se apresenta como incerto, sendo que este sentimento de incerteza é uma das principais causas de sofrimento psicológico nesta fase, sobretudo quando o medo de uma possível recaída está presente, o que é muito comum na maioria dos doentes. Porém, não é o único stressor.

O serviço de Psicologia oferece uma resposta às doentes e famílias que manifestam dificuldades psicoemocionais em qualquer fase do percurso da doença, inclusive em situações de luto.

Nutrição


No mês outubro rosa é importante destacar o papel crucial da alimentação na prevenção e combate ao cancro da mama. A nutrição em oncologia assume um papel preponderante na prevenção e remissão da doença oncológica, evitando a desnutrição e a perda de massa muscular nos pacientes diagnosticados com cancro. A relação entre o que comemos e o bem-estar, faz com que a procura de cuidados nutricionais de excelência e a promoção de estilos de vida saudáveis sejam uma preocupação constante.




Nutricionista Joana Azenha


As principais linhas de orientação nutricional para a prevenção e remissão do cancro da mama focam-se nos seguintes pontos:

    • Controlo do peso corporal (evitar o excesso de peso ou obesidade);
    • Aumento do consumo de fibra dietética e alimentos com baixo índice glicémico;
    • Redução do consumo de gordura (especialmente saturada) e açúcar simples (sacarose);
    • Controlo dos níveis séricos de colesterol , uma vez que a elevação do colesterol no sangue parece inibir a capacidade e mediação de resposta do sistema imunitário face às células cancerígenas.

A nutrição assume um papel fundamental no tema do cancro, por isso, a PROREAB dispõe do serviço de Nutrição. Pode já hoje começar a adotar atitudes preventivas ao seu alcance, privilegiando sempre a variedade e a moderação, mas acima de tudo, o seu bem-estar.

Fase das ranhocas e a fisioterapia respiratória

As alterações do ambiente e da temperatura na mudança de estação, trazem o aparecimento de secreções e expetoração nos mais pequenos. Nos primeiros anos de vida, devido à imaturidade do sistema respiratório e imunitário, as crianças têm maior predisposição para infeções respiratórias. O bebé tem as vias aéreas mais pequenas e estreitas, que facilmente obstruem e pode originar uma infeção. Além disso, o hábito de colocar objetos na boca e a partilha de brinquedos, apesar de ser tão importante para impulsionar o seu desenvolvimento, tornam-se também num desafio para o sistema imunitário.

O congestionamento nasal dificulta a alimentação, afeta a qualidade do sono e influencia o bem-estar do bebé/criança e da família.

Como posso facilitar a higiene nasal do meu bebé/criança?

A lavagem nasal com soro fisiológico, quando executada de forma correta, é uma técnica segura que pode ser realizada para prevenir e aliviar sintomas do congestionamento nasal.
No entanto, apesar da simplicidade da técnica, existem algumas considerações a ter em conta e antes de a executar deve procurar um fisioterapeuta especializado em fisioterapia respiratória pediátrica, para clarificar o procedimento e esclarecer eventuais dúvidas. 

O que é a fisioterapia respiratória pediátrica?

A fisioterapia respiratória pediátrica está indicada para o tratamento de problemas espiratórios dos recém-nascidos, bebés e crianças. Esta consiste num conjunto de estratégias de avaliação e técnicas manuais, que visam a recuperação da função respiratória. As técnicas utilizadas permitem eliminar ou reduzir as secreções, através da mobilização das mesmas. Logo, isto permitirá uma maior permeabilidade das vias áreas, melhorando a ventilação e otimizando a função respiratória. 

Na PROREAB poderá encontrar fisioterapeutas especializados em fisioterapia respiratória pediátrica, para clarificar o procedimento e esclarecer eventuais dúvidas.

Tendinite ou tendinopatia.

Será que é mesmo como ouvimos falar? Não há cura para este problema?

“Não consigo levantar o braço”

“Trabalho muito ao computador e o rato faz-me doer o pulso”

“Não consigo saltar, doí-me o tendão do joelho”

Isto são queixas de pessoas que possivelmente sofrem de tendinite.

O texto seguinte, irá desmistificar alguns conceitos errados sobre este assunto e ajudar a compreender que, de facto, as tendinites podem ser tratadas, passando a solução por fisioterapia bem planeada e executada.

Mas afinal o que são tendinites e porque surgem?

Os nossos músculos e ossos, estão ligados por tendões, que não são tão fortes quanto osso e nem tão elásticos quanto músculo, portanto, em caso de sobrecarga, é a estrutura que, geralmente, mais sofre, ou seja inflama.

Convém explicar que as palavras terminadas com o sufixo ‘ite’ indicam um processo inflamatório: tendinite, é então a inflamação que ocorre nos tendões.

Exemplo  de tendinite no ombro: verifica-se uma diminuição do espaço disponível entre os ossos e consequentemente o tendão é comprimido, perdendo qualidade.

A inflamação caracteriza-se pela presença de dor, aumento de temperatura e inchaço do tendão e pode acontecer em qualquer parte do corpo, mas é mais comum no ombro, cotovelo, punho, joelho e tornozelo.

Anatomicamente, os tendões têm um espaço preciso de passagem entre os ossos. Quando existe uma causa mecânica (postura inadequada, esforço repetitivo, carga exagerada) ou química (desidratação do tendão) este espaço reduz-se, pois o tendão inflama e nestas condições, aumenta de volume e não consegue articular-se convenientemente, resultando em dor ao movimento, por compressão.

Fisioterapia avançada como forte aliada no sucesso do tratamento

Cada caso é um caso, e qualquer que seja, requer uma avaliação rigorosa para determinar todos os factores que poderão estar a interferir com a correta passagem do tendão.
A toma de anti-inflamatórios e analgésicos é frequente nos pacientes com este tipo de quadro clínico, mas embora promovam um alívio dos sintomas, os episódios de dor repetem-se, porque a causa do problema mantém-se.

Estudos indicam que após um primeiro período de repouso parcial, os exercícios precoces executados da maneira correta, com supervisão de um fisioterapeuta, são a melhor terapia. Se desenvolvido da forma certa, o tratamento conservador pode alcançar o sucesso em 80% dos pacientes afetados.

Contudo, em casos mais graves, o tratamento conservador pode não resultar, podendo ser necessário realizar outros procedimentos realizados por médicos especialistas de fisiatria ou ortopedia, como mesoterapia, infiltração (com corticóides ou com concentrados plaquetários), ou até cirurgia, para descomprimir um tendão ‘apertado’, liberar aderências e limpar inflamações em volta do tendão ou ter que costurá-lo para corrigir uma lesão.

Portanto, é importante estar atento aos sinais de alerta. O primeiro passo na direção do alívio da dor é um diagnóstico profissional. Quanto mais rápida a tendinite for diagnosticada e tratada, mais cedo serão recuperadas a força e a flexibilidade dos tendões lesionados. O tratamento é muito importante para evitar a rotura do tendão, cuja abordagem de tratamento será mais longa e complexa.

Neste tipo de patologias, a fisioterapia avançada da PROREAB, segue um modelo diferenciado de intervenção, apostando na reabilitação única para cada pessoa, em prol de um tratamento mais eficiente. Sempre que necessário, a fisioterapia avançada é conjugada com Osteopatia, Reeducação Postural Global ou Pilates Clínico, para um controlo mais rápido dos sintomas e de forma a prevenir novas recaídas.

Ultimamente, com o avanço da tecnologia, a utilização de radiofrequência INDIBA ACTIV tem-se revelado num grande salto qualitativo no tratamento destas condições, mesmo em situações crónicas. Provoca uma estimulação celular muito específica, acelerando os processos naturais de recuperação.

A PROREAB possui profissionais com formação específica no tratamento destas disfunções e aliando uma avaliação Individualizada, tratamento personalizado, equipamento de elite, os resultados conseguem ser mais rápidos e eficazes.

Lillian Castelão
Fisioterapeuta e Osteopata

Fontes bibliográficas do texto:

  • American Academy of Orthopaedic Surgeons, 2013
  • Marcio Cohen e col., Lateral Epicondylitis Of The Elbow, Rev Bras Ortop. 2012;47(4):414-20
  • Kinesiotaping Added To A Rehabilitation Programme For Patients With Rotator Cuff Tendinopathy: Protocol For A Single-Blind, Randomised Controlled Trial Addressing Symptoms, Functional Limitations And Underlying Déficits, 2017.
  • HERON, Stuart. Comparison Of Three Types Of Exercise In The Treatment Of Rotator Cuff Tendinopathy/Shoulder Impingement Syndrome: A Randomized Controlled Trial, 2017.
  • DESMEULES, François. Efficacy Of Exercise Therapy In Workers With Rotator Cuff Tendinopathy: A Systematic Review, 2016
  • http://demo.indibaactiv.com/es/estudios-clinicos/

“O frio piora mesmo as dores articulares” – Verdade ou mito?

por Fisioterapeuta Lillian Castelão

Chegamos a esta altura do ano e ouvimos muitas pessoas dizer “este frio é terrível para as minhas articulações”, “as minhas dores pioram muito com o frio”.
É uma questão muito frequente com a chegada do tempo frio: se as baixas temperaturas interferem com o agravamento das dores articulares, ligadas a doenças reumáticas, ou se se trata de uma falsa premissa.
Este texto pretende esclarecer se estas afirmações são suportadas pela evidência cientifica.

Doenças reumáticas: é verdade que se agravam com o frio?
Primeiro é importante explicar o que são: as doenças reumáticas apresentam alterações funcionais do sistema músculo esquelético, em particular nas articulações, de causa não traumática. Em Portugal, as que têm maior prevalência são a osteoartrose do joelho, da mão ou da anca; lombalgia; tendinite; osteoporose e fibromialgia. Segundo dados da Sociedade Portuguesa de Reumatologia, cerca de metade da população portuguesa sofre de, pelo menos, uma doença reumática.

Com o frio, as articulações doem mais?

De acordo com os últimos dados da evidência científica, as temperaturas baixas, levam a uma situação de vasoconstrição de forma a manter o calor no organismo, o que provoca uma contração dos tecidos, tendões, músculos e articulações, colocando em risco o bom funcionamento articular.
Em regiões onde a temperatura corporal é menor, como pés e mãos, a constrição provocada pelo frio vai dificultar a dinâmica vascular e potenciar ou piorar os quadros de dor.
A cartilagem que reveste a superfície das articulações, possui outra particularidade importante: possui barorecetores, que detetam variações da pressão atmosférica. Com o tempo frio, pode haver descida da pressão atmosférica que é detetada pelos barorecetores, o que leva a uma perceção de dor nas articulações afetadas por um processo de desgaste. Assim, o facto das mudanças de temperatura poderem estar relacionadas com a dor em pacientes com osteoartrose é verdade, embora estas não tenham influência no agravamento da doença.
Não podemos esquecer que em estações do ano em que o sol não se encontra tão presente, existe um menor aporte de vitamina D, o que influencia de forma negativa, quem sofre destas patologias.

Nesta altura do ano, verifica-se um aumento na procura de tratamentos de fisioterapia e um dos principais motivos de consulta é a presença de osteoartrose.
Existe o mito frequente que “não há nada a fazer” no tratamento da osteoartrose, mas estes pacientes devem ser educados para a importância de manter um peso saudável e um estilo de vida ativo. O exercício terapêutico deve ser feito de modo regular em pequenas quantidades, com intensidade progressivamente mais elevada, tendo como objetivo alongar a musculatura e o fortalecimento dos músculos com a realização de exercícios aeróbicos.
Manter-se quente, colocar compressas de calor nas zonas dolorosas, não forçar as articulações, considerar uma boa alimentação e dormir o suficiente, são estratégias que pode adotar em casa.
A fisioterapia é uma resposta que pode ajudar a minimizar o impacto dos efeitos das baixas temperaturas e portanto, é importante considerar as estratégias terapêuticas que existem nesse sentido, consultando um fisioterapeuta que o pode ajudar.
A fisioterapia promove às pessoas com osteoartrose o desenvolvimento de competências que necessitam, para gerir e assumir o controlo da sua condição, aumentar a sua atividade e melhorar a qualidade de vida.

Referências bibliográficas:
• The Influence of Weather Conditions on Joint Pain in Older People with Osteoarthritis: Results from the European Project on OSteoArthritis, Journal Rheumatology, 2015 Oct;42(10):1885-92.
• The influence of weather conditions on osteoarthritis and joint pain after prosthetic surgery; Acta Orthop Belg 2020 Mar;86(1):1-9.